
VENTO AMIGO
Tu! Que cantas alegre nos outeiros
Refrescas no Verão tardes amenas
Pões em movimento os veleiros
Leva para longe as minhas penas
Pões searas com movimentos ligeiros
Moinhos remoendo mágoas serenas
Semeias secos campos hospitaleiros
Afagas papoilas e açucenas
Quando no mar alto me fustigaste
E de repente me abandonaste
Eu sei que existes, mas nunca te vi
Pela noite acordas; madrugada
Numa poesia sempre renovada
Por tudo isto é que eu gosto de ti
José Hilário