17 julho 2022
NISA: Centenário de nascimento do poeta nisense José Gomes Correia (1922 - 2022)
(Dedicado a uma ilustre e infeliz poetisa)
Ao ler teus versos que o amor ditou
E que a desgraça quis chamar a si,
Eu sinto ser mesquinho o que sofri,
Ser pequenina a dor que me tocou...
Inebriou-me a lira que cantou
O sofrimento atroz, que nunca vi...
Trouxe-me à mente o pouco que vivi,
Tamanha vida de quem tanto amou!
Mas vejo, agora, quanto a tua sorte
Obedeceu, fiel, à mão de Deus,
Pois tens consolação no teu sofrer: --
-- A glória de cantar a tua morte!
E que tenho eu? Somente os erros meus
E alguém que se ri do meu querer!
* José Gomes Correia
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16 julho 2022
SALAVESSA: Grande Convívio em louvor de S. Jacinto
Apresentamos o cartaz do Convívio em Honra de São Jacinto.
Um programa diferente do habitual, mas com a mesma energia e a mesma vontade de estarmos juntos!
Contamos com Todos, como Sempre!
Comissão pela Salavessa
15 abril 2021
POESIA POPULAR DE S. SIMÃO (VIII) - Maria Nazaré Gonçalves (1)
AS ALCUNHAS DO PÉ DA SERRA
Alcunhas quem as não tem
Há as em qualquer lugar
As que são do Pé da Serra
Eu vou aqui relembrar
A Nazaré Cavalheira
É mulher do Presidente
Mais conhecido p´lo Vara
Lá da Rua do Corrente
Junto à Fonte do Terreiro
Tem casa o Chico Barbeta
Moram no Largo da Igreja
Ti Farrada e Fastineta
Na Rua Nova eu conheço
O Pisco e o Zé Pação
O meu primo Chico Dim
E o ti João Manelão
Mesmo no centro da aldeia
Largo da Fonte da Bica
Vive o ti Zé Pires Pulão
E mais a ti Perna Chica
Lá bem no cimo do monte
Junto ao cemitério velho
Mora a Nazaré Fadinha
Com o ti Chico Bodelho
O ti Manel Louro Espirra
Hoje já perdeu o pio
Noutros tempos foi poeta
A cantar ao desafio
Não quero que ninguém fique
Com as alcunhas ofendido
Desculpem, mas estes versos
Foram feitos a pedido
Se calhar nos que falei
Comigo ficam zangados
Talvez os que ignorei
Queriam aqui ser lembrados
Tudo o que hoje escrevi
Somente a verdade encerra
Toda a vida eu ouvi
Falar assim cá na terra
Maria Nazaré Gonçalves
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12 março 2021
PÉ DA SERRA: QUEM ACODE À RUA DAS CARRETAS?
As imagens mostram o estado calamitoso em que se encontra a Rua das Carretas na aldeia de Pé da Serra, desde Abril de 2020.
As fortes chuvadas que se fizeram sentir na região, naquela altura, provocaram danos de grande monta no pavimento da rua, arrancando parte da calçada em paralelos de granito e derrubando um muro de uma propriedade particular, "invadida" pelas enxurradas e pelos materiais (pedras, areia e detritos) que ficaram depositados no terreno.
Foram prejuízos de algum valor monetário, a juntar a outros de natureza moral e às condições de insegurança geradas por esta situação, à qual a Câmara de Nisa tem feito sucessivos "ouvidos de mercador".
Com efeito, a autarquia foi por diversas vezes alertada este problema, quer através das cartas de um dos moradores, o mais prejudicado com a queda do muro e invasão da sua propriedade pelas águas pluviais, quer em intervenções na Assembleia Municipal, a última das quais no passado dia 26 de Fevereiro e a que a presidente da Câmara nem se dignou responder.
É uma situação que não tem qualquer justificação, passado quase um ano, ainda para mais sabendo a autarquia, tal qual as imagens mostram, que o local não está devida e legalmente sinalizado, representando também um perigo para quem circula nesta artéria, uma das mais importantes e concorridas da aldeia de Pé da Serra.
Para quem tanto se ufana de que "trabalham para as pessoas", é tempo de meter "mãos à obra", resolver os problemas dos munícipes e concretamente esta situação vergonhosa, demonstrativa de desleixo e incúria por parte do poder municipal, tratando todos os habitantes do concelho por igual e sem discriminações de qualquer espécie. Essa a principal finalidade do poder local.
As fortes chuvadas que se fizeram sentir na região, naquela altura, provocaram danos de grande monta no pavimento da rua, arrancando parte da calçada em paralelos de granito e derrubando um muro de uma propriedade particular, "invadida" pelas enxurradas e pelos materiais (pedras, areia e detritos) que ficaram depositados no terreno.
Foram prejuízos de algum valor monetário, a juntar a outros de natureza moral e às condições de insegurança geradas por esta situação, à qual a Câmara de Nisa tem feito sucessivos "ouvidos de mercador".
Com efeito, a autarquia foi por diversas vezes alertada este problema, quer através das cartas de um dos moradores, o mais prejudicado com a queda do muro e invasão da sua propriedade pelas águas pluviais, quer em intervenções na Assembleia Municipal, a última das quais no passado dia 26 de Fevereiro e a que a presidente da Câmara nem se dignou responder.
É uma situação que não tem qualquer justificação, passado quase um ano, ainda para mais sabendo a autarquia, tal qual as imagens mostram, que o local não está devida e legalmente sinalizado, representando também um perigo para quem circula nesta artéria, uma das mais importantes e concorridas da aldeia de Pé da Serra.
Para quem tanto se ufana de que "trabalham para as pessoas", é tempo de meter "mãos à obra", resolver os problemas dos munícipes e concretamente esta situação vergonhosa, demonstrativa de desleixo e incúria por parte do poder municipal, tratando todos os habitantes do concelho por igual e sem discriminações de qualquer espécie. Essa a principal finalidade do poder local.
Mário Mendes
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AMBIENTE: 10 anos acidente Fukushima - E se fosse Almaraz?
Hoje, dia 11 de março, assinalam-se 10 anos sobre o dramático acidente nuclear de Fukushima, no Japão, na sequência de um tsunami gerado por um fortíssimo abalo sísmico. Os efeitos devastadores e catastróficos deste acidente, entre os quais a explosão de reatores da central nuclear, no dia seguinte, decorreram da incapacidade de resistência do sistema de refrigeração.
Para além das inúmeras mortes, resultaram ainda desta catástrofe 150.000 refugiados, dentro do seu próprio país. Pessoas que, ainda hoje, se mantêm impossibilitadas de regressar às suas habitações, por estarem localizadas dentro do perímetro de perigo radioativo mortífero. Em torno da central, foi criado um perímetro de salvaguarda, à volta dos 28 milhões de metros cúbicos de solo radioativo contaminado diretamente pela central. Este desastre nuclear causou biliões de euros de prejuízos e os custos, decorrentes da descontaminação, irão perdurar por anos e anos.
Isto foi no Japão, um país que é dado como exemplo a nível da segurança tecnológica.
E se tivesse sido em Almaraz, na central nuclear que há muito ultrapassou o seu prazo de validade e que o Governo Espanhol teima em manter em funcionamento?
E se tivesse sido em Almaraz, na central nuclear que tem um sistema de refrigeração similar ao de Fukushima?
Que teria acontecido às populações raianas ou ribeirinhas do Tejo?
Até onde teria chegado a contaminação das águas do Tejo?
Que preparação têm as nossas entidades e a própria população para fazer frente e reagir a este tipo de acidentes, sem terem nenhuma central nuclear no país, nem haver qualquer tipo de simulacro que lhes ensine o que fazer?
Estas são algumas das questões que Os Verdes, legitimamente, voltam a colocar nesta data. Hoje, é dia de relembrar os que sofreram com a tragédia de Fukushima e também de voltar a exigir ao Governo Português que desenvolva iniciativas, junto do Governo Espanhol, para que a central nuclear de Almaraz seja encerrada com a maior urgência, para que nenhum habitante do nosso país venha algum dia a ser vítima de tal sofrimento.
Coletivo Regional de Portalegre de Os Verdes - 11 de Março de 2021
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26 fevereiro 2021
29 julho 2018
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